segunda-feira, 3 de junho de 2013

Dieta

Milão, 23 horas, Hotel Carrobbio. Após um longo tempo sem escrever, escrevo descaracterizando esse blog, pois escrevo sobre regime e dieta. Mas ele estava tão parado que pode ser melhor uma descaracterização do que continuar vazio.

Bom, vamos ao tema; descobri que tenho intolerância à glicose. Medidas: alterar a alimentação, realizar atividades físicas regulares e moderadas. Me alimentar no máximo a cada 3 horas. Privilegiar a ingestão de frutas e verduras. Além disso, pelo meu índice IMC, eu deveria pesar entre 60 e 80 quilos, não os atuais 120 Kg.

2 comentários:

  1. Não sei nem direito como vim parar aqui, mas depois de ler esse post não quis sair sem comentar algo antes: As diretrizes nutricionais aplicadas hoje em dia estão completamente defasadas. E geração após geração, médicos e nutricionistas continuam baseando a pirâmide alimentar em estudos falhos, realizados décadas atrás, embora já tenham surgido inúmeras evidências contra a mesma. E uma delas é o crescimento do número de portadores de síndrome metabólica/resistência a insulina/intolerância a glicose, essa criação de pré-diabéticos.

    Então você pensa que não é saudável - o que provavelmente é verdade. Mas "muda" isso consumindo grãos integrais, barra de cereal, granola, frutas sem restrição, leguminosas, leite desnatado.. quando tudo isso vai manter sua insulina nas alturas, de forma quase tão prejudicial quanto uma colher de açúcar. Assim como o comer de 3 em 3 horas. Vivemos com fome porque a maioria dos carboidratos que consumimos simplesmente não nos sustentam de forma adequada; é energia rápida, barata, e perdemos uma das práticas mais comuns em animais, que é o jejum. Períodos de jejum mantém a glicemia baixa, e é claro que a intenção não é passar fome, mas sim ter um corpo adaptado, que não peça por comida toda hora, o que só é possível com o consumo de alimentos densos nutricionalmente. E, embora a insulina seja produtora de energia, ela não é a única no nosso corpo capaz de fazer isso. Mas uma característica só dela, por outro lado, é a capacidade enorme de ser uma acumuladora de gordura, inchadora de células (o que ela faz com o consumo de carbs, e não gordura).

    Produtos "0 açúcar", são outra piada. Eles podem receber essa rotulagem pelo simples fato de não ser adoçado pelo nosso derivado da cana. Eles tem como base açúcares de álcool, maltrodextrina, com um impacto glicêmico quase tão alto quanto o do açúcar comum. Mas, tecnicamente, não são açúcar, então, por lei, eles podem sem vendidos como DIET. E depois acham difícil entender porque há muitos diabéticos incapazes de controlar sua insulina, e que viverão dependente de medicamentos, até inevitavelmente falecer para alguma consequência da doença.

    Enfim, professor, talvez (ok, com certeza) eu esteja falando demais, essa postagem é antiga e você já pode ter melhorado, mas eu realmente sou meio revoltada com toda essa falácia nutricional, haha. Minha mãe morreu nova de câncer, há vários diabéticos na família, apesar de não ter nenhum sobrepeso eu me sentia uma bomba relógio, até mudar minha alimentação de forma efetiva e, melhor ainda, baseada em estudos que realmente fazem sentido. Muito mais do que restringir porções, contar calorias e ainda assim viver comendo. Por algum motivo, autoridades tem medo de ensinar nutricionistas de forma correta, e que assim não propagam a necessidade das pessoas de pararem de consumir açúcar (e não só o branco refinado), glúten, alimentos com alto teor de lactose, comida processada, leguminosas inflamatórias.. insistem que é possível para a maioria ser saudável mesmo os consumindo. E eu, pelo menos, não confio mais a saúde do meu corpo nesse monte de besteira :(

    No fim eu escrevi tanto e nem devo ter esclarecido muito.. se o senhor quiser, eu posso recomendar a leitura de alguns livros, artigos e periódicos sobre tudo isso. Espero que sua saúde melhore logo. (E larga o paozinho, aquele integral também. É porcaria com fibras)

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    1. Mais de 4 anos depois eu passei aqui para dizer que não tinha visto sua resposta :-)

      Mas agora eu a li, antes tarde do que nunca, e concordo completamente com vc!

      Acrescento só mais uma coisa que aprendi com os indianos: comer apenas quando se está com fome. E entender que ter alguma fome, levezinha, é natural.

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