domingo, 22 de março de 2020

Tempos de crise

Esses tempos de crise causada pelo COVID-19 merecem uma observação.

Muitas coisas passaram por inversão de valores. Nem me refiro ao papel higiênico que sumiu das prateleiras dos supermercados.

Ganhamos novos hábitos civilizatórios, como no apagão do FHC, quando aprendemos a apagar a luz, agora aprendemos a lavar as mãos várias vezes por dia. Gente que não saía de casa para nada, agora tá doida para sair e viajar.

A importância da ciência foi esfregada na cara de todos.

Descobrimos que não precisamos apertar mãos para demonstrar consideração. Manter distância também é sinal de cuidado. É uma pena que o nazismo tenha estragado pra sempre o bigodinho e o cumprimento à romana. O bigodinho eu dispenso, mas o cumprimento à romana seria muito útil agora.

Incentivos à economia antes impossíveis agora são básicos. Por que não foram feitos antes?

Vemos fobia e discriminação aos chineses, mesmo tendo sido no Brasil o último alerta epidemiológico mundial importante, durante a crise do Zika vírus e da microcefalia.

Mas talvez o mais interessante é que dormir e se alimentar bem agora virou uma prioridade. Antes não era!

A humanidade parece mesmo precisar de um inimigo para se unir e evoluir.